Tuise março 5, 2025 Nenhum comentário

Março Azul: a importância da prevenção do câncer de intestino

O terceiro mês do ano ganhou a alcunha de Março Azul, numa tentativa de abrir os olhos da população para o câncer de intestino ou colorretal, uma das principais causas de mortes por neoplasias no mundo. A campanha Março Azul, lançada nos Estados Unidos em 2020 e adotada por vários países, busca alertar a população sobre a prevenção e a importância do diagnóstico precoce. No Brasil, a iniciativa ganha força a cada ano, com atividades que visam salvar vidas por meio da informação e de exames preventivos.

O câncer de intestino é o terceiro mais comum no mundo e o segundo que mais causa mortes entre os tipos de câncer. Em 2020, foram registrados quase 2 milhões de novos casos e mais de 900 mil mortes globalmente. Nos países desenvolvidos, a alta incidência está ligada tanto a fatores de estilo de vida quanto a programas de rastreamento mais eficazes.

No Brasil, é o segundo câncer mais frequente entre homens e mulheres, excluindo o de pele, não melanoma. Entre 2023 e 2025, espera-se que cerca de 45 mil novos casos sejam diagnosticados anualmente. As Regiões Sul e Sudeste concentram a maior parte dos diagnósticos, reflexo do melhor acesso aos exames preventivos nessas áreas.

Prevenção: como reduzir o risco. A boa notícia é que o câncer de intestino pode, frequentemente, ser prevenido com mudanças no estilo de vida e exames regulares. Confira algumas medidas importantes:

Alimentação saudável: inclua frutas, verduras, legumes e cereais integrais na sua dieta. Além disso, reduza o consumo de carnes processadas, como salsichas e embutidos, e carnes vermelhas.
Pratique atividade física: exercícios regulares ajudam a manter peso saudável e reduzem o risco de várias doenças, incluindo o câncer.
Evite fumar e beber em excesso: o tabagismo e o álcool em excesso são fatores de risco significativos para vários tipos de câncer.
Fique atento aos sinais: a detecção precoce do câncer de intestino é essencial para aumentar as chances de cura. Por isso, é fundamental valorizar os seguintes sintomas:
Sangue nas fezes: Pode ser um dos primeiros sinais de alerta. Mesmo pequenas quantidades devem ser investigadas.
Alterações nos hábitos intestinais: diarreia ou constipação persistente sem causa aparente devem ser motivo de preocupação.
Dor ou desconforto abdominal frequente: sensação de inchaço, cólicas ou dor que não passa pode indicar problemas.
Perda de peso inexplicável: Emagrecimento sem razão aparente pode estar relacionado ao câncer.
Fadiga constante: a anemia decorrente da perda de sangue pode causar cansaço extremo.
Caso apresente algum desses sintomas, procure um médico para avaliação. O diagnóstico precoce salva vidas.

Diagnóstico precoce salva vidas. A prevenção também passa por exames regulares, que podem identificar a doença em estágios iniciais ou até mesmo antes que ela se desenvolva. A maior parte dos indivíduos acima dos 45 anos deve iniciar o rastreamento. Os principais exames são:

Teste de fezes: exames como o Teste Imunológico Fecal (FIT) e o Teste de Sangue Oculto nas Fezes (FOBT) são simples e ajudam a identificar sinais precoces.
Colonoscopia: considerada o padrão-ouro no diagnóstico, a colonoscopia detecta e remove pólipos antes que se tornem cancerosos. Embora menos acessível no Brasil ,é uma ferramenta essencial para a prevenção.
O impacto do Março Azul. A campanha Março Azul desempenha um papel fundamental ao conscientizar a população sobre os riscos do câncer de intestino e a importância de prevenção. No Brasil, as ações incluem palestras, campanhas de mídia e mutirões para realização de exames gratuitos.

Neste ano, a Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva e a Sociedade Brasileira de Coloproctologia organizarão um mutirão na cidade de Goiás (GO), em que serão oferecidos 8 mil testes de fezes e até 600 colonoscopias gratuitas. Além disso, monumentos em diversas cidades serão iluminados de azul para conscientizar a população sobre a importância da prevenção do câncer de intestino.

Ao aderir ao Março Azul, você pode ajudar a salvar vidas. Adote hábitos saudáveis, fique atento aos sinais e não deixe de realizar exames preventivos. O câncer de intestino tem cura quando diagnosticado cedo.

Tuise fevereiro 6, 2025 Nenhum comentário

Fevereiro Roxo e Laranja: importância do diagnóstico precoce para doenças graves e crônicas

Este mês é dedicado a duas campanhas de saúde: Fevereiro Roxo – sensibilização para as doenças de lúpus, fibromialgia e Alzheimer – e Fevereiro Laranja –  alerta para a leucemia. Estas condições crônicas e graves impactam diretamente a vida de milhões de brasileiros. Em razão disso, entidades médicas usam um calendário colorido para chamar atenção para as patologias, a fim de fortalecer o diagnóstico precoce.

Dados do Ministério da Saúde mostram que, em 2024, houve um aumento de 8% nos diagnósticos precoces de doenças autoimunes e neurodegenerativas em comparação ao ano anterior, o que reforça o papel das iniciativas de conscientização. Além disso, o Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (REDOME) detectou um crescimento de 6% no número de novos cadastros, demonstrando maior adesão à causa.

“Essas campanhas têm um papel fundamental para educar a sociedade sobre a importância do diagnóstico e do cuidado contínuo, especialmente em doenças complexas. As ações ajudam a desmistificar as condições, combatem o estigma e promovem acesso ao tratamento em regiões onde a informação é mais limitada,” destaca o professor da Universidade Tiradentes (Unit), Matheus Todt Aragão.

As cores

As cores não são escolhidas aleatoriamente. O roxo, representando resiliência e empatia, destaca a luta contra doenças crônicas. O lúpus, por exemplo, é uma condição autoimune que pode afetar múltiplos órgãos, enquanto a fibromialgia, com suas dores crônicas e impacto na qualidade de vida, requer diagnósticos precisos e acompanhamento contínuo. Já o Alzheimer, principal causa de demência no mundo, demanda atenção especial para sinais precoces e suporte às famílias.

O laranja, por sua vez, simboliza vitalidade e chama a atenção para a leucemia, um câncer que afeta o sangue e a medula óssea. “A conscientização sobre a leucemia e a importância da doação de medula óssea são essenciais para salvar vidas. A mobilização nacional em torno dessa causa tem sido um marco para sensibilizar a população e aumentar o número de doadores, algo essencial para os pacientes que aguardam transplantes,” ressalta Todt Aragão.

Saiba mais sobre as doenças

• Lúpus: é caracterizado como um distúrbio crônico que faz com que o organismo produza mais anticorpos que o necessário para manter o organismo em pleno funcionamento. Os anticorpos em excesso passam a atacar o organismo, causando inflamações nos rins, pulmões, pele e articulações. Segundo o Ministério da Saúde, o Lúpus Sistêmico (Les) é a forma mais séria da doença e também a mais comum afetando aproximadamente 70% dos pacientes com Lúpus. Ele afeta principalmente mulheres, sendo 9 em 10 pacientes com o risco mais elevado durante a idade fértil.

• Fibromialgia: ataca especificamente as articulações, causando dores por todo o corpo, principalmente nos músculos e tendões. A síndrome também provoca cansaço excessivo, alterações no sono, ansiedade e depressão. A doença pode aparecer depois de eventos graves como um trauma físico, psicológico ou mesmo uma infecção. O motivo pelo qual pessoas desenvolvem a doença ainda é desconhecido. No Brasil, a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) calcula que a fibromialgia afeta cerca de 3% da população. De cada 10 pacientes com fibromialgia, sete a nove são mulheres.

• Alzheimer: é uma doença neurodegenerativa que provoca o declínio das funções cognitivas, reduzindo as capacidades de trabalho e relação social. Com o passar do tempo, ela também interfere no comportamento e personalidade da pessoa, causando consequências como a perda de memória. O Alzheimer é a causa mais comum de demência – um grupo de distúrbios cerebrais que causam a perda de habilidades intelectuais e sociais. No Brasil, existem cerca de 15 milhões de pessoas com mais de 60 anos de idade. Seis por cento delas têm a doença de Alzheimer, segundo dados da Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz).

• Leucemia: é uma doença maligna dos glóbulos brancos, geralmente, de origem desconhecida. Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) apontam que em 2019 a leucemia teve mais de 10 mil novos casos. Os sintomas incluem anemia, palidez, sonolência, fadiga, palpitação, manchas roxas na pele ou pontos vermelhos, bem como gânglios linfáticos inchados, perda de peso, febre e dores nas articulações e ossos.

Tuise janeiro 9, 2025 Nenhum comentário

Janeiro Branco: a importância da saúde mental agora e sempre

A campanha Janeiro Branco, que traz como tema em 2025 O que fazer pela saúde mental agora e sempre, é um estímulo à reflexão sobre o cuidado com o bem-estar psicológico e emocional. A iniciativa, criada em 2014 e reconhecida oficialmente, em 2023, pela Lei Federal 14.556, torna-se importante marco no calendário brasileiro, chamando a atenção para as questões relacionadas à saúde mental e criando espaços de diálogo sobre o tema. A escolha pelo primeiro mês do ano é porque janeiro está associado a recomeços, reflexões e novos projetos e, como uma “folha em branco”, leva as pessoas a reescreverem suas histórias e priorizarem a saúde mental.

A data procura incentivar o cuidado com a saúde emocional da mesma forma que se cuida da saúde física. A importância do Janeiro Branco reside na sensibilização para a necessidade de quebrar tabus e estigmas sobre o tema, encorajando a busca por ajuda profissional, a conversa aberta sobre sentimentos e emoções e a construção de uma sociedade mais empática e acolhedora. Além disso, contribui para o fortalecimento de políticas públicas de saúde mental.

A campanha alerta, ainda, para os números dos sofrimentos psíquicos e psicológicos na sociedade. Dados recentes mostram que o Brasil lidera o ranking mundial de transtornos de ansiedade, com 9,3% da população afetada, o que equivale a cerca de 18 milhões de brasileiros. Já a depressão, agravada pelo impacto da pandemia de Covid-19, provocou um aumento de 25% nos casos de transtornos mentais no país, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Ainda de acordo com uma pesquisa da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), realizada entre março e abril de 2023, houve um aumento de 90% nos casos de depressão, enquanto os episódios de crises de ansiedade e sintomas de estresse agudo quase dobraram no mesmo período.

Envolvida nesta importante campanha, a Plataforma IdeiaSUS Fiocruz traz em sua página a Comunidade de Práticas de Saúde Mental e Atenção Psicossocial, um espaço de interlocução, compartilhamento e multiplicação de experiências pautadas na escuta, no espírito de equipe, na participação social, da comunidade e do familiar e no protagonismo do usuário. Destaca, também, em meio a mais de 3.200 práticas do SUS, iniciativas voltadas ao cuidado integral da saúde mental. Conheça algumas delas:

Programa Acolher – centro de bem-estar e desenvolvimento do trabalhador

Espaços de vida na Pequena África – ruas aos pés do Morro da Providência

Projeto Mosaico: arteterapia e estimulação cognitiva como ferramentas para o tratamento e promoção da saúde mental no SUS

Grupo cuidando das emoções

Saúde indígena e a atenção básica: a psicologia em intersecção com os saberes indígenas

Cuidando da vida: uma abordagem multidisciplinar com ênfase na saúde mental

Tuise dezembro 21, 2024 Nenhum comentário

Dezembro Vermelho: Campanha Nacional de Prevenção ao HIV/AIDS e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis

Dezembro Vermelho é uma campanha brasileira instituída em 2017 pela Lei nº 13.504. É uma grande mobilização na luta contra o vírus HIV, a Aids e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis, que objetiva conscientizar a todos sobre a prevenção, a assistência e a proteção dos direitos das pessoas infectadas com o HIV.

De acordo com a Lei, durante o mês deverá ocorrer um conjunto de atividades e mobilizações relacionadas ao enfrentamento do HIV/AIDS e das demais infecções sexualmente transmissíveis, em consonância com os princípios do Sistema Único de Saúde, de modo integrado em toda a administração pública, com entidades da sociedade civil organizada e organismos internacionais.

Além de outras ações e atividades conexas, o movimento deve promover:

– Iluminação de prédios públicos com luzes de cor vermelha;
– Promoção de palestras e atividades educativas;
– Veiculação de campanhas de mídia;
– Realização de eventos.

 

HIV é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana. Causador da aids, ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças. As células mais atingidas são os linfócitos T CD4+. O HIV altera o DNA desses linfócitos e faz cópias de si mesmo. Depois de se multiplicar, ele rompe os linfócitos em busca de outros, para continuar a infecção.

Ao desenvolver a infecção, o organismo humano se torna mais vulnerável a diversas doenças, desde um simples resfriado a condições mais graves como, por exemplo, tuberculose ou câncer.

É importante esclarecer que ter o HIV não é o mesmo ter aids. Há muitas pessoas infectadas pelo vírus mas que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença. Porém, elas  podem transmitir o vírus a outras pessoas pelas relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento de seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação, quando não são tomadas as medidas de prevenção.

Transmissão do HIV:

– Sexo vaginal, anal ou oral sem a proteção da camisinha;
– Uso compartilhado de seringas;
– Transfusão de sangue contaminado;
– Da mãe infectada para seu filho durante a gravidez, no parto e na amamentação;
– Ferimentos com instrumentos que furam ou cortam, quando não esterilizados.

 

As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) são causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos e transmitidas, principalmente, por meio do contato sexual (oral, vaginal, anal) sem o uso de camisinha masculina ou feminina, com uma pessoa que esteja infectada.

A transmissão de uma IST pode acontecer, ainda, da mãe para a criança durante a gestação, o parto ou a amamentação. De maneira menos comum, as IST também podem ser transmitidas por meio não sexual, pelo contato de mucosas ou pele não íntegra com secreções corporais contaminadas.

Os tipos mais conhecidos de IST, são:

– Herpes genital;
– Cancro mole (cancroide);
– Infecção pelo papilomavírus humano (HPV);
– Doença Inflamatória Pélvica (DIP);
– Donovanose;
– Gonorreia e infecção por Clamídia;
– Linfogranuloma venéreo (LGV);
– Sífilis;
– Infecção pelo HTLV;
– Tricomoníase.

Mais informações sobre transmissão e sintomas de IST estão disponíveis, aqui!


Prevenção e controle:

O método mais eficaz para evitar a transmissão das IST, do HIV/aids e das hepatites virais B e C, é o uso de preservativo masculino ou feminino, em todas as relações sexuais (orais, anais e vaginais). Ressalta-se, ainda, que o preservativo também pode evitar a gravidez, porém, a orientação é de que, sempre que possível, seja realizada a dupla proteção: uso da camisinha e de outro método anticonceptivo de escolha.

Já a prevenção combinada associa diferentes formas de prevenção ao HIV, às IST e às hepatites virais (ao mesmo tempo ou em sequência), conforme as características e o momento de vida de cada pessoa. Entre os métodos que podem ser combinados, estão:

– A testagem regular para o HIV, que pode ser realizada gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS);
– A prevenção da transmissão vertical (quando o vírus é transmitido para o bebê durante a gravidez, parto ou durante a amamentação);
– O tratamento das infecções sexualmente transmissíveis e das hepatites virais;
– A imunização para HPV e hepatites A e B;
– Programas de redução de danos para usuários de álcool e outras substâncias;
– Profilaxia pré-exposição (PrEP);
– Profilaxia pós-exposição (PEP);
– Tratamento de pessoas que vivem com HIV.

Controle do HIV/aids e IST:

Pessoas com boa adesão ao tratamento atingem níveis de carga viral tão baixos que é praticamente nula a chance de transmitirem o vírus da aids para outras pessoas. Além disso, quem toma o medicamento corretamente não adoece e garante a sua qualidade de vida.

O controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis não ocorre somente com o tratamento de quem busca ajuda nos serviços de saúde. Para interromper a transmissão dessas infecções e evitar a reinfecção, é fundamental que as parcerias também sejam testadas e tratadas, com orientação de um profissional de saúde.

As parcerias sexuais devem ser alertadas sempre que uma IST for diagnosticada. É importante informar sobre as formas de contágio, o risco de infecção, a necessidade de atendimento em uma unidade de saúde, as medidas de prevenção e tratamento (ex.: relação sexual com uso de camisinha masculina ou feminina até que a parceria seja tratada e orientada).

 

Notícia relacionadaDezembro vermelho: Brasil amplia diagnóstico de HIV e cumpre mais uma meta da ONU

 

Fontes:

– Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS)
– Ministério da Saúde. Departamento de HIV, Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis
– Ministério da Saúde. Saúde de A a Z: Aids/HIV
– Ministério da Saúde. Saúde de A a Z: IST
– Sindicato dos Funcionários Públicos Municipais de Itapecerica da Serra (SP)

Tuise dezembro 21, 2024 Nenhum comentário

Dezembro Laranja

Cada um com a sua prevenção.

Somos todos brasileiros, mas cada um com a sua individualidade. Moramos em diferentes locais e temos diferentes peles. É por isso que as medidas de proteção devem ser individualizadas, levando em consideração a nossa história de vida.

Em 2024, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), durante o Dezembro Laranja, busca conscientizar mais pessoas sobre o câncer de pele e sobre a importância de procurar um dermatologista para entender a combinação ideal de medidas de proteção para sua pele.

No dia 7 de dezembro, das 9h às 15h, será realizado um dia de atendimento gratuito para orientação, diagnóstico e tratamento do câncer de pele.

Serão mais de 100 postos de atendimento espalhados pelo Brasil e cerca de 3.500 médicos dermatologistas e voluntários trabalhando para atender a população.
Participe!

O que é?

O câncer da pele é o câncer mais comum entre os brasileiros, representando 33% de todos os diagnósticos da doença. Ele é provocado pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele e pode ser subdividido em diferentes tipos:

Carcinoma basocelular (CBC)

É o tipo mais prevalente e surge mais frequentemente em regiões expostas ao sol, como face, orelhas, pescoço, couro cabeludo, ombros e costas. Tem baixa letalidade e pode ser curado em caso de detecção precoce. Costuma se apresentar como uma pápula vermelha, brilhosa, com uma crosta central, que pode sangrar com facilidade.

Carcinoma Escamoso (CEC)

Pode se desenvolver em todas as partes do corpo, embora seja mais comum nas áreas expostas ao sol, como orelhas, rosto, couro cabeludo e pescoço. Tem coloração avermelhada e pode se parecer com uma verruga ou uma ferida espessa e descamativa, que não cicatriza.

Melanoma

O menos frequente dos cânceres da pele, o melanoma tem o mais alto índice de mortalidade. Apesar disso, as chances de cura são de mais de 90%, quando detectado precocemente. Costuma ter a aparência de uma pinta ou de um sinal em tons acastanhados ou enegrecidos, que mudam de cor, de formato ou de tamanho.

Fatores de risco

Alguns fatores podem elevar os riscos de câncer de pele:

Ter alguém na família que tem ou já teve câncer da pele.
Já ter tido muitas queimaduras de sol durante a vida, daquelas que deixam a pele muito vermelha e ardendo.
Ter muitas sardas ou pintas pelo corpo.
Ter a pele muito clara, do tipo que sempre queima no sol e nunca bronzeia.
Já ter tido câncer da pele.
Ter mais de 65 anos.

Como se prevenir

Apesar dos fatores de risco, qualquer pessoa está sujeita a ter câncer da pele.
A melhor maneira de se proteger dessa doença, de manchas e de
envelhecimento precoce é a prevenção:

Aplique protetor solar FPS 30 ou maior diariamente

Use camiseta e chapéu

Não se esqueça dos óculos de sol com proteção UV

Em exposição direta ao sol, aplique o protetor solar a cada duas horas e depois que sair da água.

Redobre os cuidados de proteção solar entre 9 e 15 horas

Consulte sempre um médico dermatologista associado à SBD: www.sbd.org.br

Sinais que podem indicar câncer da pele

A lesão na pele é elevada e brilhante, de cor avermelhada, acastanhada, rósea ou multicolorida e sangra facilmente.

Uma pinta preta ou acastanhada que muda de cor, tem bordas irregulares e cresce.

A mancha ou ferida não cicatriza e pode (ou não) apresentar coceira, crostas e sangramento.

Regra do ABCDE

Uma lesão suspeita apresenta:

Assimetria

Diâmetro (maior que 5 milímetros)

Borda (bordas irregulares)

Evolução (mudança de tamanho, forma e cor)

Cor (duas ou mais cores)

Consulte um dermatologista caso perceba uma lesão com alguma dessas características.

Calcule o risco de câncer da pele

O câncer da pele tem a maior incidência no Brasil e no mundo.

A doença pode causar a morte, mas tem cura se for diagnosticada precocemente.

Por isso, lembre-se de que a visita anual ao médico dermatologista é muito importante.

Faça o teste e fique atento.

O câncer da pele tem a maior incidência no Brasil e no mundo. A doença pode causar a morte, mas tem cura se for diagnosticada precocemente. Por isso, lembre-se de que a visita anual ao médico dermatologista é muito importante. Faça o teste e fique atento.

Quiz

Você se protege da exposição solar todo dia?

Pois é, o sol emite três tipos de raios ultravioleta: UVC (que é barrado pela camada de ozônio), UVB (cuja maior incidência se dá entre 09h e 15h) e UVA (que tem 95% de toda a radiação UV).

Isso acontece mesmo nos dias nublados, já que as nuvens não conseguem filtrar os raios e a chance de queimar a pele no mormaço é igual ou maior do que em um dia de sol.

Por isso, lembre-se: os cuidados com a pele devem ser uma rotina, independentemente da época ou estação do ano. Assim você se previne contra câncer da pele, manchas e envelhecimento precoce.

Encare o desafio e descubra se você é distraído, ligado ou cuidadoso com a sua pele!

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Tuise novembro 8, 2024 Nenhum comentário

Novembro Azul: Ideia SUS ressalta ações do SUS de conscientização e prevenção do câncer de próstata

O Novembro Azul é mais do que uma campanha. É um chamado à ação para que homens de todas as idades reflitam sobre a importância dos cuidados preventivos, especialmente em relação ao câncer de próstata, responsável por cerca de 67 casos para cada 100 mil homens no Brasil. A estimativa, segundo o Ministério da Saúde, é de que, até o ano de 2025, mais de 700 mil novos casos sejam registrados. A pasta da Saúde, por meio do Instituto Nacional do Câncer (Inca), estimou cerca de 72 mil novos casos entre 2023 e 2025. No mundo, de acordo com a comissão de câncer de próstata da revista científica internacional Lancet, os novos casos devem dobrar até 2040, indo de 1,4 milhão em 2020 para 2,9 milhões em 2040. O motivo, de acordo com a revista, é o aumento da expectativa de vida global. Em contribuição ao Novembro Azul, a Plataforma IdeiaSUS destaca práticas que potencializam e incentivam os cuidados com a saúde do homem.

Apesar de grave, a doença pode ser tratada quando detectada precocemente. Muitas vezes, porém, o estigma em torno da saúde masculina impede que os homens busquem ajuda e, por vergonha ou medo, estes postergam exames e consultas. Novembro Azul, portanto, nos lembra que cuidar de si mesmo é um ato de coragem e amor, tanto por si quanto pelos que nos rodeiam. A mensagem é clara: a prevenção pode salvar vidas. Não é só um mês, mas um compromisso contínuo com a saúde e o bem-estar. Cuidar de si é cuidar de todos.

Tuise outubro 2, 2024 Nenhum comentário

Câncer de mama

O câncer de mama é caracterizado pelo crescimento de células cancerígenas

O câncer de mama é uma doença causada pela multiplicação desordenada de células anormais da mama, que forma um tumor com potencial de invadir outros órgãos.

Há vários tipos de câncer de mama. Alguns têm desenvolvimento rápido, enquanto outros crescem lentamente. A maioria dos casos, quando tratados adequadamente e em tempo oportuno, apresentam bom prognóstico e possibilitam melhores resultados estéticos.

O câncer de mama também acomete homens, porém é raro, representando apenas 1% do total de casos da doença.

O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece tratamento para o câncer de mama em Unidades Hospitalares especializadas.

 Atenção: A informação existente neste portal pretende apoiar e não substituir a consulta médica. Procure sempre uma avaliação pessoal no Serviço de Saúde.

Informações técnicas para profissionais e gestores podem ser acessadas na seção Controle do Câncer de Mama.

 

    • Estatísticas

      Estimativa de novos casos: 73.610 (2022 – INCA); e

      Número de mortes: 18.361, sendo 220 homens e 18.139 mulheres (2021 – Atlas de Mortalidade por Câncer – SIM).

    • O que aumenta o risco?

      O câncer de mama não tem somente uma causa. A idade é um dos mais importantes fatores de risco para a doença (cerca de quatro em cada cinco casos ocorrem após os 50 anos).

      Outros fatores que aumentam o risco da doença são:

      Fatores ambientais e comportamentais Fatores da história reprodutiva e hormonal Fatores genéticos e hereditários**
      Excesso de gordura corporal (obesidade e sobrepeso) Primeira menstruação antes de 12 anos História familiar de câncer de ovário
      Inatividade física* Não ter tido filhos Casos de câncer de mama na família, principalmente antes dos 50 anos
      Consumo de bebida alcoólica Primeira gravidez após os 30 anos História familiar de câncer de mama em homens
      Exposição frequente a radiações ionizantes para tratamento (radioterapia) ou exames diagnósticos (tomografia, Raios-X, mamografia, etc) Parar de menstruar (menopausa) após os 55 anos Alteração genética, especialmente nos genes BRCA1 e BRCA2
      Tabagismo – há evidências sugestivas de aumento de risco Uso de contraceptivos hormonais (estrogênio-progesterona)
      Profissionais como cabeleireiro, operadores de rádio e telefone, trabalhadores noturnos, da indústria da borracha, plástico, química, refinaria de petróleo e manufatura de pvc tem maior risco de ter câncer de mama Ter feito reposição hormonal pós-menopausa, principalmente por mais de cinco anos

      * Para maiores informações, consulte o Guia de Atividade Física para a população brasileira (abre em outra janela) e as Recomendações para Prevenção e Controle de Câncer por meio da Atividade Física.

      **A mulher que possui um ou mais fatores genéticos/hereditários apresenta risco elevado de desenvolver câncer de mama. Apenas 5 a 10 % dos casos da doença estão relacionados a esses fatores.

      Atenção: a presença de um ou mais desses fatores de risco não significa que a mulher terá necessariamente a doença.

    • Como prevenir?

      Cerca de 17% dos casos de câncer de mama podem ser evitados com a adoção de hábitos saudáveis como:

      Amamentar o máximo de tempo possível é um fator de proteção contra o câncer.

      Não fumar e evitar o tabagismo passivo são medidas que podem contribuir para a prevenção do câncer de mama.

    • Sinais e sintomas

      O câncer de mama pode ser percebido em fases iniciais, na maioria dos casos, por meio dos seguintes sinais e sintomas:

      • Nódulo (caroço), fixo e geralmente indolor: é a principal manifestação da doença, estando presente em cerca de 90% dos casos quando o câncer é percebido pela própria mulher
      • Pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja
      • Alterações no bico do peito (mamilo) como retrações.
      • Pequenos nódulos nas axilas ou no pescoço
      • Saída espontânea de líquido anormal pelos mamilos

      Esses sinais e sintomas devem sempre ser investigados por um médico para que seja avaliado o risco de se tratar de câncer.

      É importante que as mulheres observem suas mamas sempre que se sentirem confortáveis para tal (seja no banho, no momento da troca de roupa ou em outra situação do cotidiano), sem técnica específica, valorizando a descoberta casual de pequenas alterações mamárias.

      Em caso de permanecerem as alterações, elas devem procurar logo os serviços de saúde para avaliação diagnóstica.

      A postura atenta das mulheres em relação à saúde das mamas é fundamental para a detecção precoce do câncer da mama.

    • Detecção precoce

      O câncer de mama pode ser detectado em fases iniciais, em grande parte dos casos, aumentando assim a possibilidade de tratamentos menos agressivos e com taxas de sucesso satisfatórias.

      Todas as mulheres, independentemente da idade, devem ser estimuladas a conhecer seu corpo para saber o que é e o que não é normal em suas mamas. A maior parte dos cânceres de mama é descoberta pelas próprias mulheres.

      Além disso, o Ministério da Saúde recomenda que a mamografia de rastreamento (exame realizado quando não há sinais nem sintomas suspeitos) seja ofertada para mulheres entre 50 e 69 anos, a cada dois anos*.

      *Incluem-se também nessa recomendação os homens trans e pessoas não-binárias assignadas no feminino ao nascer, que mantêm as suas mamas.

      A recomendação brasileira segue a orientação da Organização Mundial da Saúde e de países que adotam o rastreamento mamográfico.

      Mamografia é uma radiografia das mamas feita por um equipamento de raios X chamado mamógrafo, capaz de identificar alterações suspeitas de câncer antes do surgimento dos sintomas, ou seja, antes que seja palpada qualquer alteração nas mamas.

      Mulheres com risco elevado de câncer de mama devem conversar com seu médico para avaliação do risco e definição da conduta a ser adotada.

      A mamografia de rastreamento pode ajudar a reduzir a mortalidade por câncer de mama, mas também expõe a mulher a alguns riscos. Os principais benefícios e riscos desse exame são:

      • Benefícios:
        • Encontrar o câncer no início e permitir um tratamento menos agressivo.
        • Menor chance de a paciente morrer por câncer de mama, em função do tratamento precoce.
      • Riscos:
        • Resultados incorretos:
          • Suspeita de câncer de mama, sem que se confirme a doença. Esse alarme falso (resultado falso positivo) gera ansiedade e estresse, além da necessidade de outros exames.
          • Câncer existente, mas resultado normal (resultado falso negativo). Esse erro gera falsa segurança à mulher.
        • Ser diagnosticada e submetida a tratamento, com cirurgia (retirada parcial ou total da mama), quimioterapia e/ou radioterapia, de um câncer que não ameaçaria a vida. Isso ocorre em virtude do crescimento lento de certos tipos de câncer de mama.
        • Exposição aos Raios X. Raramente causa câncer, mas há um discreto aumento do risco quanto mais frequente é a exposição. Esse dado não deve desestimular as mulheres a se submeterem à mamografia, já que a exposição ao Raio X durante esse exame é bem pequena, tornando o método bastante seguro para a detecção precoce.

      A mamografia diagnóstica, exame realizado com a finalidade de investigação de lesões suspeitas da mama, pode ser solicitada em qualquer idade, a critério médico. Ainda assim, a mamografia diagnóstica não apresenta uma boa sensibilidade em mulheres jovens, pois nessa idade as mamas são mais densas, e o exame apresenta muitos resultados incorretos.

      O SUS oferece exame de mamografia para todas as idades, conforme indicação médica.

      Conheça nossos materiais:

      Cartilha Câncer de mama: vamos falar sobre isso?

      Folder Câncer de mama: vamos falar sobre isso?

    • Diagnóstico

      Um nódulo ou outro sintoma suspeito nas mamas deve ser investigado para confirmar se é ou não câncer de mama. Para a investigação, além do exame clínico das mamas, exames de imagem podem ser recomendados, como mamografia, ultrassonografia ou ressonância magnética.

      A confirmação diagnóstica só é feita, porém, por meio da biópsia, técnica que consiste na retirada de fragmentos do nódulo ou da lesão suspeita por meio de punções (extração por agulha) ou de uma pequena cirurgia. O material retirado é analisado pelo patologista para a definição do diagnóstico.

    • Tratamento

      Muitos avanços vêm ocorrendo no tratamento do câncer de mama nas últimas décadas. Há hoje mais conhecimento sobre as variadas formas de apresentação da doença e diversas terapêuticas estão disponíveis. São vários subtipos de câncer de mama e cada um requer tratamento específico e individualizado.

      O tratamento do câncer de mama depende da fase em que a doença se encontra (estadiamento) e do tipo do tumor. Pode incluir cirurgia, radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia e terapia biológica (terapia alvo).

      Quando a doença é diagnosticada no início, o tratamento tem maior potencial curativo. No caso de a doença já possuir metástases (quando o câncer se espalhou para outros órgãos), o tratamento busca prolongar a sobrevida e melhorar a qualidade de vida.

      O tratamento varia de acordo com o estadiamento da doença, as características biológicas do tumor e as condições da paciente (idade, se já passou ou não pela menopausa, doenças preexistentes e preferências).

      As modalidades de tratamento do câncer de mama podem ser divididas em:

      • Tratamento local: cirurgia e radioterapia.
      • Tratamento sistêmico: quimioterapia, hormonioterapia e terapia biológica.
Tuise setembro 6, 2024 Nenhum comentário

Uece descobre óleo capaz de tratar problema causado pelo diabetes e obtém patente

12 DE AGOSTO DE 2024 – 10:39 # # # #

Adriana Rodrigues – Ascom Uece – Texto
Ramó Alcântara – Uece – Fotos

 

A patente protege o uso inédito de um óleo capaz de tratar um problema de saúde ainda sem medicamentos disponíveis

A Universidade Estadual do Ceará (Uece) recebeu do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) aprovação de sua quarta carta-patente, que tem como título “Uso de extrato de plantas do gênero croton, uso de estragol, uso de anetol e método de tratamento de neuropatias”, de autoria dos pesquisadores Francisco Walber Silva, Vânia Ceccatto, Aline Alice Albuquerque, Morgana Oquendo, Flávio Henrique Macedo, Kerly Shamyra Alves, José Henrique Leal Cardoso e Andrelina Souza.

A patente foi resultado de tese de doutorado do autor principal, Francisco Walber, que explica: “é a patente da utilização de óleo essencial da planta croton zehntneri, também muito conhecida como canela de cunhã, encontrada principalmente no Nordeste. A nossa patente lida exatamente com a utilização desse óleo para a preparação, possivelmente em composição farmacêutica, no tratamento de neuropatias, mais especificamente a neuropatia devido ao diabetes, a neuropatia diabética. Então, nós desenvolvemos esse estudo, utilizamos óleo essencial em uma determinada concentração e conseguimos ver que o tratamento com óleo essencial dessa planta conseguiu reverter ou, pelo menos, atenuar, alguns problemas que o diabetes pode provocar devido à neuropatia em gânglios nervosos e em troncos nervosos”.

A pesquisa tem seu ineditismo considerando, principalmente, que o diabetes tem tratamento baseado no controle glicêmico, contudo, essa importante neuropatia causada pela doença ainda não dispõe de nenhum tratamento específico. O tratamento da neuropatia diabética é feito através do tratamento do diabetes, com o controle da glicemia, ou tratamento sintomático, com controle da dor neuropática com analgésicos. O óleo essencial da canela de cunhã se candidata a ser um tratamento específico. De acordo com o orientador da pesquisa da Uece e um dos autores da patente, professor Henrique Leal, a neuropatia diabética é um problema grave e comum:

“A complicação mais grave do diabetes frequentemente é a neuropatia, que ocorre principalmente como lesão aos nervos mais longos do corpo, sendo um deles o nervo ciático, que vai desde a coluna até o pé. Esse nervo é atacado inicialmente no pé e depois essa lesão vai progredindo em direção às partes mais centrais do corpo. Então, esse é um acometimento muito grave, causando hipersensibilidade e até anestesia. A pessoa tropeça, fere o pé e não sente, sendo que no diabetes a cicatrização é mais difícil. Isso gera frequentemente um problema muito conhecido que é o pé diabético, em que a pessoa desenvolve úlceras no pé de difícil tratamento e de difícil cicatrização”. Ainda de acordo com o pesquisador, a cada 30 segundos, uma pessoa no mundo sofre uma amputação de membro inferior por causa do diabetes.

Os resultados positivos dos testes pré-clínicos, realizados em camundongos, no Laboratório de Eletrofisiologia (LEF/Uece), se deve ao alto teor (80%) de anetol, um composto vegetal presente na planta croton zehntneri, que ajuda a tratar as alterações neurais sem interferir na glicemia do paciente diabético.

De acordo com a também inventora, Andrelina Souza, encontrar tais resultados é algo de suma importância para os pesquisadores. “A proposta do nosso trabalho sempre foi descobrir substâncias que tivessem baixo custo, com pequena toxicidade, que fossem eficazes no tratamento da neuropatia diabética. Essa descoberta, para nós, é mais do que gratificante, uma vez que a gente já vem trabalhando com isso há muito tempo, e nós conseguimos mostrar, através de estudos científicos, que a croton zehntneri é uma planta rica em óleos essenciais, têm um rendimento muito grande, de fácil extração e que é baixo custo. Isso torna o medicamento mais acessível à sociedade”.

Sobre as patentes, a Uece obteve a primeira delas em 2021, seguindo uma nova obtenção a cada ano. Ao todo, a instituição recebeu do INPI até então, quatro patentes. Para o coordenador da Agência de Inovação da Uece (Agin), professor Jerffeson Teixeira, a concessão dessa nova carta-patente é mais uma demonstração e reconhecimento da capacidade de inovação da nossa instituição, reforçando o nosso compromisso contínuo com a proteção de tecnologias que podem impactar positivamente a sociedade”.

Próximos passos

O LEF, vinculado ao Instituto Superior de Ciências Biomédicas (ISCB/Uece), tem à frente o professor Henrique Leal, que teve Walber como um de seus primeiros alunos de Doutorado na Uece, em 2008, por meio do Programa de Doutorado em Biotecnologia – Rede Nordeste de Biotecnologia (Renorbio). Professor Henrique segue com as pesquisas relacionadas à patente, no LEF. Dessa vez com o aperfeiçoamento da dose de efeito do óleo. “Na dosagem inicialmente pesquisada, o óleo essencial já tem um excelente efeito anti-inflamatório. Então, nós decidimos experimentar baixar essa dose”, destaca o pesquisador.

Tuise setembro 4, 2024 Nenhum comentário

CCJ aprova regulamentação da profissão de motorista de ambulância

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira (7), proposta que regulamenta a profissão de condutor de ambulância.

A relatora, deputada Soraya Santos (PL-RJ), apresentou parecer pela constitucionalidade do Projeto de Lei 2336/23, do deputado Vermelho (PL-PR). Ela apresentou um substitutivo, mas apenas com um reparo técnico.

De acordo com o texto aprovado, para exercer a atividade o condutor de ambulância deve:

ser maior de 21 anos;
ter concluído o ensino médio;
ter Carteira Nacional de Habilitação (CNH) nas categorias D ou E (que permitem, por exemplo, condução de veículos com lotação acima de oito pessoas), e
comprovar treinamento e reciclagem em cursos específicos.
A ambulância contará com a composição mínima de duas pessoas: o condutor e um membro da equipe de saúde para a correta manutenção do paciente.

A proposta estabelece que a profissão de condutor de ambulância pertence à área da saúde e concede prazo de 60 meses para que os condutores atendam às exigências de conclusão de ensino médio e treinamento e reciclagem em cursos.

Em 2022, o então presidente Jair Bolsonaro vetou uma proposta que regulamentava a profissão. Uma das justificativas foi que as exigências limitariam o exercício da profissão.

Para a relatora, Soraya Santos, no entanto, essa regulamentação foge à regra geral. “A regra é o direito ao exercício de qualquer trabalho, cuja restrição somente se justifica quando o interesse público sinaliza a necessidade de regulação”, explicou.

“A regulação do exercício de atividade profissional deve pautar-se pelo interesse geral de proteção da sociedade, o que ocorre no caso do projeto em análise. Isto porque a proposição regula a atividade do condutor de ambulâncias em virtude da preocupação com os riscos oferecidos à saúde da população quando tal atividade é desempenhada por pessoas sem conhecimento técnico ou qualificação mínima para a profissão” disse.

A proposta foi analisada em caráter conclusivo e, portanto, poderá seguir ao Senado, a menos que haja recurso para análise pelo Plenário.

FONTE: Agência Câmara

Tuise setembro 2, 2024 Nenhum comentário

Setembro Amarelo é o mês dedicado a campanha de conscientização sobre a prevenção do suicídio

Campanha ocorre durante todo o mês, e o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio é celebrado no dia 10 de setembro

etembro Amarelo marca a campanha de conscientização sobre a prevenção do suicídio. Durante todo o mês, a iniciativa tem como objetivo chamar a atenção para a importância de discutir e promover ações a respeito do suicídio.

De acordo com a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), desde 2014, em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM), o Brasil realiza essa campanha de conscientizar a sociedade e fomentar com informações relacionadas à prevenção do suicídio no país.

Nesse sentido, em sua nona edição, o tema é “Se precisar, peça ajuda!”. Vale ressaltar que a campanha é realizada durante todo o mês de setembro, mas o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio é celebrado no dia 10/09 e endossado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Segundo a OMS, são registrados mais de 700 mil suicídios em todo o mundo. Mas também informa que existem episódios subnotificados, o que pode chegar a mais de 1 milhão de casos. No Brasil, a estimativa é de 14 mil casos por ano, o que leva em média trinta e oito pessoas cometem suicídio por dia. Entre 2010 e 2019, o país registrou em torno de 112.230 mil mortes por suicídio.

Suicídio de trabalhadores

Embora a campanha não se concentre exclusivamente em trabalhadores e trabalhadoras, o ambiente de trabalho é um assunto importante para abordar a questão do tema e reduzir o estigma associado à saúde mental e promover soluções e apoio para aqueles que lutam contra pensamentos suicidas.

De acordo com especialistas, o suicídio de trabalhadores (as) e a saúde mental no ambiente de trabalho são preocupações importantes a serem discutidos. Observam ainda que o estresse no trabalho, pressão excessiva, assédio, carga de trabalho excessiva e falta de apoio emocional podem contribuir para problemas de saúde mental entre os trabalhadores e as trabalhadoras.

De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), em 2019, 10,2% das pessoas com 18 anos ou mais receberam o diagnóstico de depressão. Estados do sul e sudeste têm 15,2% e 11,5%, respectivamente, de adultos com diagnóstico confirmado de depressão. Em seguida, o centro-oeste (10,4%), nordeste (6,9%) e norte (5%).

A Fundacentro, por sua vez, exerce um papel fundamental de pesquisa na área de segurança e saúde no trabalho – fomentando estudos que possibilitem a prevenção de doenças, acidentes e mortes nos ambientes de trabalho. A biblioteca da instituição disponibiliza uma série de conteúdos técnico-científicos em SST, acesse o acervo de forma gratuita e também da Revista Brasileira de Saúde Ocupacional – RBSO.

Crescimento do suicídio

Os óbitos de trabalhadores (as) são, segundo estudos, desencadeados por adoecimento no trabalho. Essa manifestação trágica engloba uma série de fatores complexos e interligados, que podem incluir questões pessoais, ambientais e organizacionais. Em 2019, foram notificados 13 mil suicídios no país, sendo 12 mil casos em população de 14 a 65 anos. No entanto, 10 mil casos correspondem as pessoas em atividade de trabalho, sendo 77% dos suicídios ocorreram entre homens.

Ainda segundo estudos, os suicídios e tentativas de suicídio têm efeito dominó, os quais afetam diretamente o indivíduo e, consequentemente, as famílias, comunidades e sociedade.

Especialistas da área da saúde, principalmente os especialistas da Fundacentro, salientam a importância das empresas e empregadores adotarem medidas proativas para promover um ambiente de trabalho saudável e de apoio. Implementar programas e ações de bem-estar mental, a promoção de uma cultura de respeito, apoio e empatia com os (as) trabalhadores (as), sobretudo com aqueles que fazem tratamento contra depressão, ansiedade e outros.

“Segundo dados da Previdência Social, a terceira maior causa de afastamentos por auxílio-doença acidentário é de transtornos mentais, como a depressão, que pode ser um dos motivos, entre outras associações da ideação suicida”, afirma o diretor de Conhecimento e Tecnologia da Fundacentro, Remígio Todeschini. “Situações de assédio moral também podem levar a transtornos mentais. É importante que a Cipa esteja atenta a qualquer tipo de assédio no trabalho”, completa.

Também é importante que a pessoa que estiver enfrentando problemas relacionados à saúde mental procure ajuda profissional.

Para as pessoas que querem e precisam conversar, o Centro de Valorização da Vida (CVV) realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, por meio do telefone: 188chat ou e-mail.